domingo, 30 de setembro de 2007

Matéria, energia, e vice-versa

Nesse momento em que o álcool inunda meu cérebro, as idéias começam a sair, fugindo assustadas, tal qual os tatus de suas tocas inundadas pela chuva. Vou falar agora sobre a relação entre matéria e energia, dissertando acerca do modelo que minha imaginação fértil inventou. Ele tem tudo a ver com o Heeman e os escudos de força presentes em suas histórias.

Uma coisa é certa: toda recursão tem seu caso base. Desse modo, podemos dizer que a matéria é composta de partes, que por sua vez são compostas de outras partes, que por sua vez são compostas de outras partes. Até que uma hora chegamos a uma parte mínima, indivisível, a bolinha básica de matéria. Inicialmente, acreditava-se que essa bolinha básica fosse o átomo. Descobriu-se então que não, o átomo é composto de outras partes menores. Partes essas que por sua vez também são compostas de partes menores. Mas o que interessa é que, seja qual for, deve haver uma partícula indivisível de matéria. E é sobre ela que eu quero falar.

O que é essa partícula básica de matéria? De que ela é feita? Minha idéia é a seguinte: ela é energia. Energia em alguma forma condensada. Não sei que forma, não sei de nada, não faço idéia mesmo. Aliás, não sei nem o que é energia. Só sei que a partícula elementar de matéria deve ser uma bolinha de energia com a seguinte propriedade: duas bolinhas de energia desse tipo não podem ocupar o mesmo lugar no espaço simultaneamente. Por alguma razão que eu também não faço idéia, só sei que deve ser assim. Quando uma bolinha de energia encosta em outra tentando penetrá-la, ela recebe uma força de mesma intensidade mas sentido contrário, que a impede de ocupar simultaneamente o mesmo lugar no espaço que a outra bolinha. De novo, não sei porque, não sei como funciona.

Tudo o que eu tenho é uma abstração: a partícula elementar de matéria é uma bolinha de energia condensada com a propriedade de que outra bolinha do tipo não pode penetrá-la. Em cima desse componente básico, constrói-se toda a matéria conhecida. Ou seja, toda a matéria conhecida é composta de bolinhas de energia. Assim, toda matéria é de fato, energia.

Pra ilustrar melhor. Quem se lembra dos escudos de força dos desenhos do Heeman e dos Thundercats? Eram esferas gigantes e invisíveis, mas eram impossíveis de serem penetradas. Ninguém conseguia passar por elas. Pois então, as bolinhas básicas de matéria são exatamente iguais àqueles escudos de força, mas muito menores.

Essa bolinha de energia é estável dentro de certas condições. Fora delas, ela perde suas propriedades de matéria e se desfaz, tomando uma forma convencional de energia conhecida, como a luz, por exemplo. Que condições são essas? Não sei. Mas será que isso explica o porquê massa se "transforma" em energia em velocidades próximas à velocidade da luz? Será que o fato de chegar próximo à velocidade da luz não faz com que a bolinha perca sua estabilidade e se degenere em energia convencional, ou seja, luz?

Em resumo, a matéria perde suas propriedades de matéria e degenera em energia convencional. Degenera, e não se transforma, porque na verdade, matéria e energia têm a mesma natureza. São apenas estados e formas distintas da mesma coisa. Assim como gelo e vapor de água o são: formas distintas da mesma coisa, água.

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