domingo, 9 de março de 2008

Sobre a morte, e a vida

Existem pelo menos dois mundos nos quais vivemos: o mundo exterior e o mundo interior. No mundo exterior, quando o corpo de alguém deixa de funcionar, dizemos que aquele alguém morreu. Daquele momento em diante, jamais poderemos conviver novamente com aquele alguém. Não mais conversaremos com ele, não mais olharemos em seus olhos, não mais riremos com ele, tampouco choraremos ao seu lado. Não haverá mais novas experiências ao lado daquele alguém a serem guardadas na memória.

Em nosso mundo interior, por outro lado, aquele alguém jamais deixará de existir. Ele jamais será apagado de lá. Jamais deixaremos de percebê-lo exatamente da mesma forma como percebemos qualquer outro alguém que ainda esteja vivo no mundo exterior. Aquele alguém simplesmente faz parte de nós. Nosso mundo interior não conhece espaço nem tempo. Só memórias e emoções a elas associadas. Desse modo, interiormente, simplesmente não é possível conceber a morte de alguém, pois as memórias sempre estarão vivas e tratão consigo as mesmas emoções.

Quem já perdeu alguém próximo sabe exatamente do que eu estou falando. A morte de alguém querido é um conceito simplesmente absurdo demais pra ser concebido.

E a vida. A vida é um movimento contínuo. Como cantava o Mestre: tudo muda o tempo todo, no mundo. Tudo estar sempre mudando, isso é a única que jamais muda. Portanto, a vida é como um trem sempre seguindo em frente. E se você quiser continuar enxergando um determinado vagão, precisa se mover na mesma velocidade do trem. Do contrário, você fica e o vagão se vai. O único modo de não ficar pra trás, é se mover na mesma velocidade que a vida. Porque tudo sempre vai mudar.

Frase - "a vida é como andar de bicicleta: o único modo de manter o equilíbrio é manter o movimento" - dizia um outro mestre.

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